As mulheres e a construção civil

A participação das mulheres na construção civil é cada vez mais presente, em pesquisa recente feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de mulheres que compõe o setor cresceu 120% de 2007 a 2018, passando de 109 mil trabalhadoras registradas para 239.242.
Um dos principais fatores para este avanço significativo é a abertura de vagas nos canteiros de obras e a procura por pessoas qualificadas.
A mão de obra feminina na construção civil se diferencia pela busca por capacitação na área. No Brasil existem programas que estimulam a participação das mulheres em setores antes dominados pelos homens, e a justificativa de quem contrata é que elas são mais qualificadas, precisas e possuem mais foco em operações como acabamentos, arremate e pintura. Além disso, elas utilizam corretamente EPI’s e ferramentas.

Barreiras
O salário continua sendo desigual e as mulheres continuam ganhando menos que os homens, até mesmo as mais qualificadas.  Os cargos de gestão também têm pouca participação feminina e comparando com faculdades como engenharia, muitas iniciam o curso e não continuam pela falta de representatividade e preconceito no meio.
O índice de evasão é menor entre elas, já que cerca de 15% das estudantes não concluem a graduação, enquanto entre os homens o número chega a 25%, segundo o Ministério da Educação (MEC).
No ambiente de trabalho, poucas empresas possuem vestiários exclusivos para mulheres. Esta é uma prática que deve mudar, pois cada vez mais as corporações estão se adequando as normas e regras que a construção civil exige.

Oportunidades
Os avanços tecnológicos estão beneficiando a mão de obra feminina no mercado de trabalho. Há vagas surgindo nas regiões sul e sudeste do país que privilegiam a qualificação profissional na construção civil. O SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) oferece cursos na área e ONGs assistenciais investem na capacitação das mulheres em funções como pedreiras, azulejistas, pintoras, eletricistas e ceramistas.
Existe ainda um longo caminho a percorrer principalmente em relação a igualdade de salários e oportunidades, porém esses números apontam para uma evolução e percepção por parte das empresas do setor de que o que realmente importa é a qualificação e não o gênero.

A participação feminina só tem a agregar e melhorar o desempenho das obras.
Você mulher se sente incentivada pelo ambiente da construção civil?
Seja a mulher que vai encorajar outras a fazerem parte deste setor também.

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